
(...) Para a vida ensinam-nos que nada do que conhecemos é garantido, que tudo pode mudar no segundo seguinte. Que não sabemos nada nem podemos ou devemos prever nada. Que temos de aproveitar tudo, levantarmo-nos todos os dias, tomarmos banho, vestirmo-nos e sairmos sempre de casa para dar uma volta que seja, ver o céu, as árvores e as flores. Estarmos com quem gostamos. Porque nada é garantido, nem hoje nem amanhã. Fartamo-nos de fazer planos para o futuro e invariavelmente esquecemo-nos do presente. Passamos tempos infinitos a chorar o passado e voltamo-nos a esquecer do presente. E afinal é apenas e só o presente que importa, porque é a única coisa que é garantida na nossa vida. A minha amiga tem dois filhos e era feliz. E de um momento para o outro está a viver uma tragédia. Igual a tantos outros milhões de pessoas nesse mundo fora.
A única conclusão disto e a que chego, até para mim mesma, é que perdemos muito tempo. Demasiado tempo. Passamos a vida a perder tempo e a dar importância a coisas que não deveriam ter importância nenhuma.(...)
A única conclusão disto e a que chego, até para mim mesma, é que perdemos muito tempo. Demasiado tempo. Passamos a vida a perder tempo e a dar importância a coisas que não deveriam ter importância nenhuma.(...)