Quando temos filhos, se há coisa que as famílias perdem é a objectividade, completa!
Mal a criancinha nasce e ainda está toda amassada pela viagem pelo canal da mancha, já estão umas 357 opinadelas sobre com quem se parece a criança!
O nariz é assim e assado e até a cor do cabelo é igual ao trisavô de parte de pai.
Algo completamente isento de parcialidade.
Algo completamente isento de parcialidade.
Agora é analisar as opiniões consoante o ambiente familiar em que nos encontramos naquele momento.
Fantasticamente existem traços e parecenças com avô, avó, tio e primo. Muda-se o contexto e mudam os personagens mantendo a criança como actor principal.
Coitadinha da criança que não consegue ter identidade própria e muito menos parecer-se somente com os santos paizinhos.
A minha sogra agora anda com uma mania que irrita profundamente. Tudo o que tem haver com a Sabrininhas é parecido com o tio.
Ora bem, o tio! Vamos analisar!
Namorei com "o macho lá de casa", casei com ele, partilho 10 anos da minha existência com ele, o mesmo tecto, os mesmos fluidos mas tudo o que a minha filha faz é parecido com o meu cunhado. Bonito!
Ou a senhora acha que eu sou uma galdéria e que andei a partilhar os lençóis com o filho errado (que tenho a certeza que não é isto) ou noto ali uma verdadeira tendência na escolha dos filhos.
Eu sei que ele é mais novo e está mais recente na mente dela mas eu casei com o mais velho, certo?
Para bem da paz mundial e eu saber bem com quem durmo, não vou abrir a minha boca no próximo século... vamos ver até quando...
Já compartilhei isto com o "macho lá de casa" ao qual (claro) desvalorizou e como homem não deu grande importância.
A mim? Chateia-me verdadeiramente.