sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Bater no fundo

Achamos sempre que as coisas acontecem aos outros e que os outros é que são fracos.

Facilmente fazemos juízos de valor e dizemos do alto da nossa arrogância que se fosse connosco as coisas seriam diferentes. Felizmente ou infelizmente a vida encarrega-se de nos ensinar que somos insignificantes e que não devemos achar que somos super heróis.

Eu achei que era capaz de aguentar com tudo, que eu só pela condição de mãe, teria uma força diferente de todos os outros. Não consegui admitir que estava no limite, que as minhas forças tinham uma escala e que as minhas estavam no vermelho.

O mês e meio anterior foi demasiado exigente e a cada  acontecimento que ia passando eu não me apercebia que o meu peso desaparecia e não o recuperava.

Veio o acontecimento mais difícil, mais um internamento  da Sabrininhas em que foi dos mais longos até hoje. Custou bastante a reverter a situação. Esteve internada dias sem melhoras. Eu como mãe não me permiti dizer que estava em baixo, que não conseguia sozinha. Afinal, uma mãe tem de aguentar tudo... Ou deveria.

Ela saiu do internamente após dias e eu afundei. Não sei se foi o descarregar de tudo mas tiveram de pegar em mim e me meter nas urgências (no inferno, diga-se). Diagnosticaram-me fadiga extrema aliada a um baixo peso (como nunca tive).  Tive ataques de ansiedade e uma aflição que as palavras não descrevem...

Ainda não me sinto bem, estou fraquinha, cansada e pela primeira vez de baixa. Nem conversar durante muito tempo consigo, dado a fadiga.

Sinto-se pessimamente pelo trabalho que dei e  que estou a dar.


Quero agradecer todos os mails e comentários que tenho recebido, ainda vai demorar a responder mas eu vou voltar ao activo.

Obrigada de coração a todos, nestas alturas vemos quem é realmente amigo.


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