terça-feira, 17 de abril de 2012

Eu e o dinheiro

A relação que cada um tem com o dinheiro é em muito comparável com as relações amorosas, cada um tem uma com características que só a eles dizem respeito.
Claro que como na vida amorosa, estas relações podem ser bastante complexas. 
Existem aqueles que não podem viver sem dinheiro, ok! todos nós não podemos viver sem ele, mas existem umas relações mais complexas que outras. 
O tipo de pessoa que faz tudo, e no tudo incluo TUDO, que vive em exclusivo para ter dinheiro e todas as relações que cultivam é em torno deste objectivo. E depois temos aquelas que dizem aos sete ventos que não dão valor nenhum ao dinheiro mas são os primeiros a gladiar-se por ele.

Sempre disse que não posso viver sem dinheiro e trabalho para conseguir fazer aquilo que mais gosto.  O meu, o nosso bem estar! 
Não tenho nenhum tabu no que se refere a dinheiro, a ele dou-lhe o valor que ele tem, é dinheiro, só isso! Gosto de comprar, gosto de satisfazer os meus/nossos desejos e de forma alguma tenho algum sentimento de culpa quando o gasto. 
Claro que, até mesmo eu tenho os meus limites e tenho a plena consciência que o dinheiro que tenho não me permite comprar à velocidade da luz ou satisfazer os meus gostos mais caros. Digamos que tenho uma consciência monetária. Existem coisas que sinceramente acho parvo custarem certos preços mas como em tudo na vida, se todos pensássemos o mesmo que seria feito do clã Carreira!?

Não gosto, nem faço dividas! Não é meu, não gosto, não gasto! 
Pensar no futuro? Claro que penso! No futuro da minha filha? Claro que sim! Mas eu também nunca tive nenhuma herança e não foi por isso que não me tornei uma Mulher e consegui tudo aquilo que tenho hoje em dia. Talvez porque ao longo da minha existência sempre ter lutado pelo que quero e nada me ter sido oferecido, seja por isso que ponho o dinheiro no lugar dele.

Há tempos, a falar com uma senhora ela dizia-me que os acontecimentos mais marcantes na vida dela foram respectivamente a Meningite do filho e a morte sem aviso do irmão mais novo. Este que sempre trabalhou para guardar dinheiro para um casamento que não existiu para um futuro que não teve lugar... não viveu o que poderia quando teve tempo para isso. Dizia-me que desde aí sempre deu o devido valor ao dinheiro. Esse pelo qual muitos matam e morrem. 
Não poderia concordar mais. 
Estou viva hoje e vivo hoje, amanhã? Não sei! Nem quero saber! Quero ser feliz hoje, o amanhã serei feliz se cá estiver...
Para o outro lado levo aquilo que vivi, os sorrisos e gargalhadas que dei, as viagens que fiz e a felicidade que me foi proporcionada por esse dinheiro que gastei e que cá fica depois de eu partir. 

Afinal, dinheiro é mesmo isto, só dinheiro!!!