Finalmente decidi-me fazer uma "limpeza" nas roupas da Sabrininhas.
Isto de viver num apartamento é muito bonito mas espaço a sobrar não é uma caracteristica facilmente identificada nestes espaços.
Confesso que além da preguiça que me invade, assim que penso em arrumações, um saudosismo parvo assola-me ao pensar em me livrar da roupa dela.
Nem que seja um interior, uma camisolinha... sinto uma nostalgia tão parva. A verdade é que é necessário e tive mesmo de ser racional e separar o que já não lhe serve e dar. Separei algumas peças para recordação de cada fase mas ainda tenho lá mais uns caixotes para separar roupa e sapatos.
Olho para ela e já não reconheço o bebé que há meses estava nos meus braços, que dependia totalmente de mim. Que tinha umas bochechas de cinema e um caminhar atrapalhado.
Vejo uma pequena menina que já tem vontade própria e que me abraça com uns bracinhos deliciosos, me afaga o rosto e me dá beijos que aquecem o coração. Reconheço-me nela, nos seus olhos (e no seu feitio, diga-se) e no seu sorriso.