sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Criança, até quando?



Os homens são as eternas crianças. Esta frase ouço-a vezes sem conta da voz do mulherio.
A verdade é que como em todas as frases feitas, existe um número infinito de excepções. Claro que a frase normalmente tem o objectivo prático da coisa, referindo-se basicamente às tarefas domésticas.
Hoje não quero falar desse lado tão conveniente que afecta muitos homens. Hoje quero falar daqueles que verdadeiramente não crescem... não exteriormente mas sim interiormente. Aqueles que por mais anos que passem nunca conseguem ser considerados maduros.

Não interessa se a barba já não é tão reluzente como o era na casa dos vintes, ou do filho que tem em casa ou da esposa com a qual jurou fidelidade.
Tem a cabeça na lua, vive num mundo surreal de um umbigo sem rumo.

Não consegue entender que a vida não é construída em cima de uma bolha, que é preciso crescer. Que aqueles olhos azuis que olham para ele todos os dias, precisam de um porto de abrigo, de um exemplo.
Já cheguei à conclusão que não consegue crescer (não quer)... é mais fácil viver neste mundo da eterna adolescência. Nesse mundo onde a responsabilidade é coisa de adultos. 

Detesto sentir pena... mas tenho pena dele. Deles! Daquela família que podia ser tão diferente.
Simplesmente espero que aquela criança consiga ver um rumo para além daquele pai.
E sim, a vida é injusta! Muito injusta. O que não falta por aí, são Homens que gostariam de ter as oportunidades que a este lhe caem do céu. Que verdadeiramente querem formar uma família e ter uma vida estável... e não conseguem.
Não gosto destes casos, destas eternas crianças.