quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Um emprego...

Desde que me conheço por gente que sempre ganhei o meu dinheiro. 
Sempre arranjei um "part time" para alimentar os meus passeios pelo mundo do ensino superior e depois sempre tive um ordenado ao final do mês. Encho-me de orgulho quando olho para trás e vejo o que construí com aquilo que fui ganhando ao longo destes 34 anos. Dos objectivos cumpridos das metas que traçava para mim. Do não depender de ninguém. Não sei o que é estar desempregada, não receber o "el dorado" ao final do mês! 

Infelizmente o assunto desemprego começa afectar tantas pessoas à minha volta que sinceramente é impossível não pensar nele. Impossível não pensar que aquilo que é hoje, pode não ser amanhã. Pensar que tenho uma filha e que a estou a criar para um futuro demasiadamente incerto. 

Vidas que ficam completamente de "pernas para o ar" e nem sempre têm um plano B e é preciso... sempre! 
É preciso ser empreendedor mas para isso é preciso que existam as oportunidades. Não deve ser fácil (novamente) planear do zero a nossa vida e agora com uma perspectiva bem diferente.
Custa-me ver a falta de esperança nos olhos de algumas pessoas, ver que não conseguem olhar para o amanhã como um futuro mas sim como fardo.

Sempre disse que se um dia não conseguir pagar as minhas contas, pego nas minhas malas e saio daqui.  O que iria fazer? Não sei! Mas algo de certeza! 
Se tiver de arregaçar as mangas até aos sovacos, sou mulher para isso. Esperar sentada que algo mude, não sei se conseguia... 
Gosto de pensar que tudo isto é passageiro e que tudo vai melhorar e não piorar. Sou uma optimista inata.