Os tempos de aluna e de "andar a passear os livros" (no bom sentido da coisa) já lá vai há uns belos anos. Não quero contabilizar há quanto foi a ultima vez que "os passeei" pois deprimir a uma Quinta feira, não faz bem à saúde.
Lembro-me perfeitamente das nossas paixonites pelos professores mais jovens e frescos. Do alto da minha inocência, tinha um professor de Geografia que fazia as nossas delicias de adolescentes "acnosas".
A verdade é que estas paixonites era tão saudáveis como assistir a uma aula de português. Fazia parte do nosso crescimento.
Na realidade, isto não era mais que isto mesmo, crescimento. Nunca tive pretensões de o seduzir ou tirar melhor notas a "piscar os olhinhos". Naquela altura era só isto mesmo paixonites simples.
Hoje em dia não creio que se passe assim numa grande maioria das jovens. Claro que também existiam na minha altura, as produzidas, giraças e "boas como o milho" e que não se importavam de "saltar à espinha" do prof. Claro que haviam mas em quantidades substancialmente menores.
A verdade é que acho um risco eminente ser professor nos dias que correm... em todos os sentidos!
Já sei que só se deixa seduzir quem quer e tudo mais mas a verdade do terreno nem sempre é tão linear.
E se falo num liceu, também falo de uma faculdade. Já ouvi histórias de "corar as pedras da calçada". De meninas que fazem "tudo" para ter boas notas. E não precisamos de chegar à casa dos "vinte".
Não existem inocentes neste processo mas é necessário abrir muito bem os olhos.