Eu sei que este tipo de post não é popular, não interessa a metade da blogosfera mas aqui na minha casa falo de tudo sem pretensão de agradar ninguém em especial.
Nesta casa pagam-se contas ao fim do mês, temos um orçamento mensal e faz-se contas à vida. Para coisas parvas e sapatos, voltem mais tarde...
Fevereiro é o mês em que metade de Portugal caiu na realidade ao olhar para o recibo de vencimento.
É tão bom saber que estou a contribuir para que o meu país se levante, para um buraco que vai daqui à China do BPN e contribuir que estes e os outros políticos, amigos e afins tenham uma vida melhor.
Ah! E não posso esquecer dos contratos blindados das parcerias publico-privadas, dos submarinos que tanto jeito me/nos fazem e claro, dos Observatórios.
Fico tão feliz por saber que estou a contribuir para Observatórios que não existem, para relatórios que para nada servem e para pessoas se governarem com fundos que todos nós contribuímos com os nossos impostos.
Estou em plenas condições de nos felicitar a todos porque voltamos aos mercados com sucesso, porque conseguimos vender divida e a procura foi altamente positiva.
Fico completamente feliz por saber que nos endividamos mais uns milhões e que provavelmente vão querer me impor mais impostos daqui a uns meses.
Acima disto tudo que escrevi, sinto muito orgulho em ser portuguesa ao lado deste Senhor Fernando Ulrich que ainda ontem afirmou do alto da sua cadeira de presidente do BPI: "que se os sem abrigo aguentam, nós também aguentamos".
A este senhor reservo-me o direito de lhe dirigir umas palavras pouco ortodoxas no recato do meu diálogo. E dizer que o "Tiago Mesquita" do Expresso não poderia ser mais claro quando afirmou que "Calado, o senhor Ulrich é um poeta.
Só posso me sentir feliz, hoje dia 01 de Fevereiro, por estar mais pobre e por estar a contribuir para este País que tantas alegrias nos dá a cada dia da nossa vida.
E tanto que fica por dizer mas a esta altura já estou tão enjoada que as palavras não conseguem fluir...