O mundo da maternidade e paternidade é uma verdadeira roleta russa de emoções, todos sabem disso e não é novidade.
Somos pais de primeira viagem e somos seres humanos que reagem de formas completamente diferentes para a mesma situação.
Sendo mãe de primeira viagem, sempre assumi que a cada febre ou doença mais parva que ela tem o meu coração vira ervilha. É um todo mundo novo para mim e para nós.
O tempo, esse grande aliado para tudo e mais alguma coisa, faz o favor de me ensinar a lidar com as situações. Tento agir cada vez com a cabeça mais fria e o coração (esse bandido) fechado e amordaçado até ao dia que podemos respirar novamente.
Eu e ele lidamos com as situações, exactamente da maneira oposta.
Eu quando estou no hospital, sinto-me stressada, não consigo relativizar o sitio onde estou e o ambiente à minha volta.
Sinto-me ansiosa, aflita (diga-se que também nunca passei bons momentos por lá) mas não consigo sentir alivio por lá estar com o meu rebento a ser cuidado.
Em casa, sinto-me no meu "porto seguro", no meu castelo, consigo pensar com os neurónios todos e fazer o que se deve dentro da minha calma aparente.
Ele é exactamente o contrário. No Hospital está em casa, está mais calmo que um panda mas em casa parece uma barata tonta. Não consegue pensar, fica stressado e ainda me stressa mais.
Juro que me apetece pegar nos colarinhos e dar-lhe uns "tabefes".
O casal perfeito, portanto! Complementamo-nos nas situações de crise.
