Sou branquinha, daquelas peles que chegam à altura de se mostrar mais que o rosto e as mãos e pareço um círio ambulante. Pronto, círio (não cheiro a cera) não digo mas um edredão de Verão daqueles brancos e imaculados.
Claro que a minha pele também tinha de ser a condizer com a dona, FINA. A minha bela pele fica morenaça quando se deita em climas tropicais, férias note-se! Gosto da cor com que fico, é só isso.
Mas sempre tive um problema que me acompanha até hoje, coro! Coro de corar, de ficar com as bochechas vermelhas, de se notar logo que estamos embaraçadas ou furiosas. Detesto!
Se me elogiam e eu sinto-o cá dentro (tem de tocar cá dentro) fico com as bochechas vermelhas. Se estou com a raiva a subir ao nível máximo, fico corada. Se vou falar com alguém importante, aqueles primeiros minutos eu fico corada. Irrito-me tanto comigo por isto pois fica estampado na minha cara o que senti e não havia necessidade.
Em tempos (lá nos vinte) tive um namorado que adorava fazer-me corar e tinha cá um poder para isso... jesus! Mas nesta situação até era engraçado mas em contexto profissional ou em sociedade é péssimo. Juro que tento controlar mas não consigo mesmo.
Hoje foi um desses dias, um elogio profissional fez-me corar as entranhas (o que vale hoje estou de vermelho).
Será que lá para os 40 isto passa? É que aos 35 não vejo andamento...