Quando conduzo durante muito tempo só me dá para imaginar cenários sobre as vidas dos outros condutores.
Hoje foi especialmente sobre os homens que não conseguem definitivamente conduzir dentro de cada faixa de rodagem. Irrita-me profundamente sentir os carros a passarem a meio milímetro de mim. Ou aqueles que conduzem no meio de duas faixas, dando uma de "não sou carne nem peixe"; nunca sabemos o que vão fazer a seguir na estrada.
Imagino que a caligrafia do indivíduo não deve ser lá grande coisa. Que teve sempre dificuldades em seguir as linhas do caderno e o caderno de duas linhas foi o seu eterno castigo. Ou então ainda mais relevante é o facto de poderem ser os potenciais espécimes que não conseguem acertar na sanita. Tudo fica marcado com a sua passagem num WC, menos o buraco em questão. Acho que daria para desenvolver uma grande teoria para estes casos e até estudar anatomia humana para saber se os "desvios" para a esquerda ou para a direita têm alguma relação com estes comportamentos.
Mas aqui entram as mulheres condutoras e o caso ficaria bem mais complexo de desmontar...
Assim, deixo aqui o alerta que os tracinhos que se vislumbram nas estradas têm um propósito senão conseguem entender isto se calhar é melhor conduzirem comboios ou metros. Asseguro que farão muita gente feliz à vossa volta e entram nos trilhos de vez.