Às vezes tenho a sensação que continuo a mesma miúda de 18 anos que tinha uma sede imensa de viver a vida. A mesma urgência, o mesmo fogo e a mesma insanidade tão tipica dessa altura.
A verdade é que apesar de tudo parecer o mesmo, definitivamente não é... e a bagagem essa é cada vez maior e a responsabilidade acompanha o ritmo.
Mas é tão bom sentir o sangue a correr depressa nas veias, sentir o coração acelerar e sentir frio na barriga. Não podemos deixar no passado esta sensação, é demasiadamente preciosa para a fechar para sempre no arca do passado.
E se calhar por isso, por vezes tenho medo de mim, desta sede ávida de vida, deste desassossego juvenil. Mania de deixar o pensar para depois do fazer... nem sempre dá certo!
Gosto de pensar que não sou a única, que por aí a loucura também reina e apesar de não ser verbalizada, ela habita igualmente nas vossas mentes.
Não consigo pensar na minha vida como uma linha recta, na qual me tento equilibrar como artista de circo. Gosto dos altos e baixos, desta montanha russa de emoções e acima de tudo da minha loucura.
E por saber que o sou, tento cada vez mais não julgar os outros, pensar que somos todos imperfeitos e que nem sempre a razão explica tudo na vida.