quarta-feira, 25 de junho de 2014

Just Live


Por vezes chateio-me comigo própria (ok! muitas vezes) pois preciso de visualizar o menos bom da vida para olhar para a minha e agradecer cada segundo que por cá passei a respirar. 
E fico zangada comigo pois não deveria ser necessário olhar para o menos bom para saber que o que temos é mesmo muito bom. Sou humana, logo cheia de imperfeições... 
De cada vez que tenho de deambular por corredores onde os profissionais estão vestidos de branco e azul e alguns rostos carregados de sofrimento, saio de lá um pouco mudada cá por dentro. Não conseguiria por lá trabalhar, sou demasiadamente emocional e pouco racional... 

E hoje ao ver uma mãe de lenço na cabeça, a sair dos seus tratamentos acompanhada das suas duas filhas ainda adolescentes, deu-me um nó na garganta. Já sei que não conheço aquela história mas imaginei aquelas duas adolescentes a terem de encarar esta realidade. Se calhar a imaturidade consegue fazer com o peso da doença que as rodeia, não seja 100% absorvida como eu penso nela neste momento mas...  pensar que na adolescência eu poderia ter ficado sem mãe, dá-me um aperto forte no coração só de imaginar... 
E se calhar é parvo pensar nisto pois se tiver de acontecer acontece mas tenho mesmo urgência de viver, de respirar cada segundo e absorvê-lo cá dentro. Não há tempo para parvoíces, há tempo para ser feliz! Não desperdiçar o hoje, vivê-lo a 100%.