Ao longo da vida, tentamos fazer um percurso recto sem grandes obstáculos ou problemas mas isso é completamente impossível. Apercebemo-nos disso ao crescer. Ao primeiro desgosto, no primeiro falhanço e quando o mundo mostra mais que o cor de rosa de princesa.
Até hoje ainda não consegui contabilizar um período sem uma só contrariedade, sem uma batalha, sem um objectivo a cumprir. Lutamos e vamos afastando o que não interessa do nosso caminho. E assim se aprende, até os momentos mais duros da vida nos ensinam algo. Os momentos mais tristes fazem de nós uma pessoa mais feliz no dia seguinte pois sabemos a que sabem ambos.
As pessoas vem e vão e a cada partida e a cada chegada é uma bagagem que acrescentam a nós, à nossa própria bagagem... mesmo que essa passagem seja curta na nossa vida.
E é por isso que tento sempre tirar o melhor da vida e aprender algo com quem que por cá passa, seja a galope ou a passo de caracol. Adoro a vida e por vezes, a intensidade é demasiada e gosto de partilhar e de dar o melhor de mim mas nem sempre é bom... por vezes, aprendemos aquilo que não queremos aprender naquele momento. Mas a vida é assim feita de altos e baixos e pequenas pedras que vamos coleccionando para depois ir olhando para elas dizendo que não queremos outras iguais no nosso percurso.
E depois, no fim somos mães e temos de aprender a viver tudo de novo mas desta com o coração fora do peito. Queremos protege-los do mundo, da vida mas sabemos que isso não é possível. Só aprendemos por nós, com a nossa vida, com as nossas pedras no caminho.
Resta-nos dar-lhes a melhor orientação, e o maior amor do mundo. É isto que move montanhas, o Amor e mais uma pitada de amor próprio. Para nós, temos de ser os melhores, saber que conseguimos, que somos e não interessa se dizem que não! Interessa que conseguimos provar do contrário.
Não há só dias cor de rosa, nem sequer vidas perfeitas, há sim um peito cheio de Amor para dar e isso já vale por qualquer perfeição.
Choro e rio quando assim o meu coração o permita e exija de mim. E gosto de gritar ao mundo como estou, mesmo que ninguém entenda nada. Sou assim, clara e sem grandes rodeios.
Se deixarem de me ouvir, ou estou morta ou simplesmente não fazem mais parte da minha vida.