sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O Amor que é eterno ♥

 
 
Crescemos habituados a olhar para os nossos pais como um dado adquirido, alguém que vai estar lá sempre para nós.
Não questionamos sequer que um dia eles podem já não lá estar, assim de um dia para outro. Sempre disse que devia ser obrigatório na vida ter os pais até à idade da velhice. Ter o pai e a mãe acompanhar o nosso crescimento, a nossa vida e serem o porto de abrigo que precisamos Sempre! Não interessa a idade, precisamos sempre de um porto de abrigo, de um colo. Isto de crescer não é fácil, ninguém diga que é fácil, e já que tem que ser que seja com eles ao nosso lado.
Não imagino que seria de mim passar adolescência ou a infância sem eles... deve doer e muito, uma dor que não quero nem gostar de imaginar.
Nem com 36 me imagino sem eles, aliás nunca me imagino sem eles. Claro que sou um ser pensante (às vezes) e sei que isto da eternidade não é possível, e é um assunto que sinceramente me angustia.
No fundo sei que sou uma sortuda que os meus pais já entraram na velhice e tirando as "mazelas" da idade, estão aqui comigo. Mas é super interessante eu dar comigo a não perceber que ela já não ouve tão bem como ouvia ou que se cansa mais, ou vê pior. É uma sensação de segundos, são segundos de mim que ainda vive lá atrás, quando eles ainda estavam no activo e levavam o mundo à frente. Os pais são um dado adquirido.
 
Mas sei que nem todos têm a sorte de passarem por estas fases e por isso todos os dias da minha vida estou grata. Grata por tê-los comigo e grata por saber que a minha filha conheceu os melhor avós do mundo e que gosta deles "daqui à lua e voltar" (como ela diz).
Assim como assim, gostaria de ser assim como a minha sogra que tem a mãe com 91 anos cheios de alegria de viver. Ter 65 anos e ainda ter a mãe como ela tem é uma bênção, muito grande.