Eu adoro música! Não sei cantar, tocar ou expert em qualquer que seja o género musical, sei que gosto de tudo um pouco. Uns géneros ouço mais, outros menos mas de modo geral, sendo música eu gosto de ouvir. Aliás, a minha vida é daquelas que tem uma banda sonora acompanhar. Cada momento, fase ou sentimento eu tenho sempre uma música que me acompanhou e me marcou nessa altura.
Com música clássica é igual, não percebo nada mas gosto muito. Sempre fui uma nulidade em música e tocar um instrumento é um mundo que nunca dominei com muita pena. Admiro imenso os músicos.
Não consigo explicar mas a música entra em mim e apesar de não perceber gosto de “a sentir” cá dentro. É mesmo inexplicável.
Se tivesse de tocar um instrumento, sem dúvida nenhuma que seria o piano. Acho majestoso, o som mágico e o músico um artista.
Adoraria tocar piano com toda aquela subtileza que somente um músico sabe ter quando toca o seu instrumento. Adoraria saber tocar e poder traduzir em forma de melodia tudo o que se passa cá dentro. Transferir para as teclas de um piano todos os sentimentos, é assim que imagino um pianista que "sente" o seu piano.
Por isso ontem adorei ver a Orquestra da Gulbenkian na Casa da Música. Às páginas tantas, senti os meus olhos cheios de água, sem eu sequer querer e a me arrepiar com o som que me invadia a mente. Podem pensar que é parvo (que eu também pensei) mas é algo que não controlo. Não percebo nada de música mas algo cá dentro gosta muito de a ouvir.
E foi assim:
"Orquestra Gulbenkian
Hannu Lintu direcção musical
Anika Vavic piano
Programa:
Piotr Ilyich Tchaikovski Abertura-Fantasia de Romeu e Julieta
Alexander Scriabin Concerto para piano e orquestra, em Fá sustenido menor, op. 20
Ludwig van Beethoven Sinfonia nº 3 em Mi bemol maior, Heróica
A Orquestra Gulbenkian apresenta-se uma vez mais na Casa da Música com um programa onde constam duas das obras mais célebres do repertório sinfónico. A primeira parte é dedicada à música russa, com a sublime Abertura de Romeu e Julieta, de Tchaikovski, e o Concerto para piano de Scriabin, que dá a conhecer ao público portuense a solista Anika Vavic. Vencedora do Concurso Steinway de Viena em 2001, a pianista foi nomeada Rising Star pelas salas de concerto da capital austríaca para a temporada 2003/4. Tem, desde então, uma carreira internacional com aparições regulares junto das grandes orquestras mundiais. O concerto encerra com a Sinfonia Eroica de Beethoven."