Eu já tive a minha altura de parvoíce, de inseguranças e acima de tudo de burrice. Já fui daquelas que me afastei de todos por causa de alguém. A maior parvoíce da minha vida, confesso! Ninguém vale a pena que façamos isso à nossa vida. Quando essas pessoas chegam, têm de aceitar a nossa vida e nós como somos, os nossos gostos, e acima de tudo os nossos amigos.
A vida muda quando arranjamos alguém? Claro que sim, mas posso vos garantir que há espaço para todos. Aprendi isso ao longo dos anos.
Sempre tive amizades de ambos os sexos e muitas vezes bem mais pacificas com o género masculino. As vidas evoluíram e tomaram rumos diferentes e até países diferentes mas amizade ficou para sempre.
Há dias em conversa com um deles, sobre tudo e sobre nada, sobre as voltas que a vida dá e como acima de tudo temos vidas diferentes. Eu sou o oposto dele, a minha vida é o oposto da dele. Eu tenho a vida do porto meio seguro e a dele é a tempestade e aventura em alto mar.
Numa altura particularmente difícil, e no registo descontraído que me por vezes me caracteriza, fui opinando sobre o que falávamos e dos tempos que está e planeia viver no futuro.
No fim, diz-me que as minhas palavras era tudo o que precisava ouvir naquele momento. Que o momento tinha sido exacto e eu muito sinceramente fiquei a pensar naquela conversa. O que para mim tinha sido uma conversa de amigos, para o outro lado foi mais que isso, algo que precisava de ouvir naquele momento. As palavras que muitas vezes dizemos com leviandade ou saem naturalmente muitas vezes pode fazer a diferença. Conseguem inspirar, destruir, deprimir ou fazer mudar de ideias. Muito cuidado com as palavras!!
